sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
A Vocês!
Desejo um feliz natal,
A todos os amigos e família,
Espero que os vossos sonhos se realizem,
E se este ano não foi o melhor, outros virão,
Melhores e com mais alegrias...
Porque o que interessa é estarmos todos juntos!
Espero que passem esta época,
Com aqueles que mais gostam,
Que comam muitos doces,
E recebam muitas prendinhas no sapatinho...
Mesmo que de vez em quando se tenham portado mal!!
Afinal o Pai Natal já está velhote, e um bocado pitosga!!
Bom a mensagem está dada, é natal e não dá para ser muito original.
Muitos beijinhos para todos e os votos de um excelente Natal!
Chat Noir
A todos os amigos e família,
Espero que os vossos sonhos se realizem,
E se este ano não foi o melhor, outros virão,
Melhores e com mais alegrias...
Porque o que interessa é estarmos todos juntos!
Espero que passem esta época,
Com aqueles que mais gostam,
Que comam muitos doces,
E recebam muitas prendinhas no sapatinho...
Mesmo que de vez em quando se tenham portado mal!!
Afinal o Pai Natal já está velhote, e um bocado pitosga!!
Bom a mensagem está dada, é natal e não dá para ser muito original.
Muitos beijinhos para todos e os votos de um excelente Natal!
Chat Noir
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
És tu
Não sejas o de hoje.
Não suspires por ontens...
não queiras ser o de amnhã.
Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabes que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue:É a passagem que se continua.
É a tua eternidade.
És tu.
Cecília Meireles
Não suspires por ontens...
não queiras ser o de amnhã.
Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabes que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue:É a passagem que se continua.
É a tua eternidade.
És tu.
Cecília Meireles
Não Digas
Não digas onde acaba o dia.
Onde começa a noite.
Não fales palavras vãs.
As palavras do mundo.
Não digas onde começa a Terra,
Onde termina o céu
Não digas até onde és tu.
Não digas desde onde és Deus.
Não fales palavras vãs.
Desfaze-te da vaidade triste de falar.
Pensa,completamente silencioso,
Até a glória de ficar silencioso,
Sem pensar.
Cecilia Meireles
Onde começa a noite.
Não fales palavras vãs.
As palavras do mundo.
Não digas onde começa a Terra,
Onde termina o céu
Não digas até onde és tu.
Não digas desde onde és Deus.
Não fales palavras vãs.
Desfaze-te da vaidade triste de falar.
Pensa,completamente silencioso,
Até a glória de ficar silencioso,
Sem pensar.
Cecilia Meireles
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Por Mim
Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão
deixo o mar bravo e o céu tranquilo:
Quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? – Me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagem.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras? Tudo.
Que desejas? Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra …)
Quero solidão.
Cecília Meireles
que está onde as outras coisas nunca estão
deixo o mar bravo e o céu tranquilo:
Quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? – Me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagem.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras? Tudo.
Que desejas? Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra …)
Quero solidão.
Cecília Meireles
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
A palavra mágica
Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.
Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.
Procuro sempre, e a minha procura
ficará sendo a
minha palavra.
Carlos Drummond de Andrade
de um livro raro.
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.
Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.
Procuro sempre, e a minha procura
ficará sendo a
minha palavra.
Carlos Drummond de Andrade
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Era assim:
Queres?
Queres algo?
Queres desejar?
Desejas querer?
Desejas-me?
Desejas querer-me?
Queres desejar-me?
Queres querer-me?
Queres que te deseje?
Desejas que te queira?
Queres que te queira?
Quanto me
queres?
Quanto me
desejas?
Ah, quanto te quero
quando te quero
quando me queres...
In "Um calculador de improbabilidades"
Ana Hatherly
Queres algo?
Queres desejar?
Desejas querer?
Desejas-me?
Desejas querer-me?
Queres desejar-me?
Queres querer-me?
Queres que te deseje?
Desejas que te queira?
Queres que te queira?
Quanto me
queres?
Quanto me
desejas?
Ah, quanto te quero
quando te quero
quando me queres...
In "Um calculador de improbabilidades"
Ana Hatherly
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Dizemos
O que dizemos,
Ninguém dirá
Como dizemos:
Palavra e gesto
Voz e acento
Calor e ritmo,
É tudo ímpar
É tudo novo
É tudo único.
Somos partículas
Inconfundíveis
Da Eternidade.
Carlos Queirós
Ninguém dirá
Como dizemos:
Palavra e gesto
Voz e acento
Calor e ritmo,
É tudo ímpar
É tudo novo
É tudo único.
Somos partículas
Inconfundíveis
Da Eternidade.
Carlos Queirós
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
A tarde
Era a tarde mais longa
de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas,
Tardavas e eu entardecia.
Era tarde, tão tarde,
Que a boca tardando-lhe o beijo morria.
Quando à boca da noite surgiste,
Na tarde qual rosa tardia.
Quando nós nos olhámos,
Tardamos no beijo que a boca pedia,
E na tarde ficámos, unidos,
ardendo na luz que morria.
Em nós dois nessa tarde
Em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite,
Para haver outro dia.
Ary dos Santos
de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas,
Tardavas e eu entardecia.
Era tarde, tão tarde,
Que a boca tardando-lhe o beijo morria.
Quando à boca da noite surgiste,
Na tarde qual rosa tardia.
Quando nós nos olhámos,
Tardamos no beijo que a boca pedia,
E na tarde ficámos, unidos,
ardendo na luz que morria.
Em nós dois nessa tarde
Em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite,
Para haver outro dia.
Ary dos Santos
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Quero!
Traz-me flores, velas e amores,
Fala-me de sonhos, de paixão,
Conta-me a tua determinação,
Adormece esta aflição!
Traz-me esperança, e sabor,
Fala-me do que é impossível,
Conta-me o que é o amor,
Diz-me se é incompreensível!
Traz-me a tua vida, em chama,
Toca o meu rosto com ternura,
Apaga esta amargura!
Traz-me alento e fantasia,
Mata esta insipidez,
Beija-me de uma vez!
Fala-me de sonhos, de paixão,
Conta-me a tua determinação,
Adormece esta aflição!
Traz-me esperança, e sabor,
Fala-me do que é impossível,
Conta-me o que é o amor,
Diz-me se é incompreensível!
Traz-me a tua vida, em chama,
Toca o meu rosto com ternura,
Apaga esta amargura!
Traz-me alento e fantasia,
Mata esta insipidez,
Beija-me de uma vez!
Ausência
Num deserto sem água,
Numa noite sem lua,
Num país sem nome,
Ou numa terra nua.
Por maior que seja o desespero,
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.
Sofia de Mello Breyner
Numa noite sem lua,
Num país sem nome,
Ou numa terra nua.
Por maior que seja o desespero,
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.
Sofia de Mello Breyner
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
O Fim
Sinto o fim, a aproximar-se,
Tudo o que vai acontecer,
Sempre soube, avisei-te,
Como ias desaparecer.
Mas assim, fico mais só,
Sem ninguém para esperar,
Mesmo sem nada querer,
Mesmo sem nunca te acreditar.
Continuamos no mesmo lugar,
Ainda que a distância e a ausência,
Nos nossos caminhos se vá vincar.
Não somos mais do que história,
Contada e rasurada,
Sem marcas para deixar.
Tudo o que vai acontecer,
Sempre soube, avisei-te,
Como ias desaparecer.
Mas assim, fico mais só,
Sem ninguém para esperar,
Mesmo sem nada querer,
Mesmo sem nunca te acreditar.
Continuamos no mesmo lugar,
Ainda que a distância e a ausência,
Nos nossos caminhos se vá vincar.
Não somos mais do que história,
Contada e rasurada,
Sem marcas para deixar.
Fulgor
Eu ontem vi-te...
Andava a luz
Do teu olhar,
Que me seduz
A divagar
Em torno a mim.
E então pedi-te,
Não que me olhasses,
Mas que afastasses,
Um poucochinho,
Do meu caminho,
Um tal fulgor
De medo, amor,
Que me cegasse,
Me deslumbrasse,
Fulgor assim.
Ângelo de Lima
Andava a luz
Do teu olhar,
Que me seduz
A divagar
Em torno a mim.
E então pedi-te,
Não que me olhasses,
Mas que afastasses,
Um poucochinho,
Do meu caminho,
Um tal fulgor
De medo, amor,
Que me cegasse,
Me deslumbrasse,
Fulgor assim.
Ângelo de Lima
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